segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Fernão Lopes (2)

Fernão Lopes



Da análise do prólogo se conclui que a história é para Fernão Lopes:

    1. a exposição da verdade toda,

    2. na sua natural simplicidade,

    3. livre de qualquer parcialidade gerada por um excessivo amor pátrio (não inventando

         façanhas nem ocultando desastres),

    4.  com a certeza obtida através de séria investigação (pondo de parte lendas, tradições,

       todos os factos que não possam ser garantidos por documentos).

    

Fontes



  a) Fontes narrativas:



   1. Crónica de Dom Pedro I, de Dom Henrique II e de Dom João I, de Ayala;

   2. Crónica de D. Fernando, de Martim Afonso de Melo;

   3. Crónica do Condestabre;

   4. outras histórias de Nun'Álvares, às quais alude no capítulo 70 da Crónica de D. João I:

         «ora aqui dizem alguns, contando os feitos de Nun'Alvares em seu louvor...»;

          «hum outro historiador, cujo falamento nos parece mais razoado, conta esta estória

          doutra guisa»;

    5. um «trautado» dos feitos do Mestre de Avis da autoria de «Christoforus, decretorum 

        douctor»;

    6. pelo menos, cinco narrativas anónimas que cita, ao descrever a batalha de Aljubarrota.



    b) Fontes documentais:



    Actas de Cortes;

    Documentos das chancelarias;

    Bulas papais;

    «Podres escripturas»;

    «Bitafes antigos» (epitáfios de sepulturas);

    Práticas e sermões, procurações, correspondência epistolar particular e oficial.



(adapt. Barreiros, Antº José, História da Lit. Portuguesa, Editora Pax)

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