Fernão Lopes
Da análise do prólogo se conclui que a história é para Fernão Lopes:
1. a exposição da verdade toda,
2. na sua natural simplicidade,
3. livre de qualquer parcialidade gerada por um excessivo amor pátrio (não inventando
façanhas nem ocultando desastres),
4. com a certeza obtida através de séria investigação (pondo de parte lendas, tradições,
todos os factos que não possam ser garantidos por documentos).
Fontes
a) Fontes narrativas:
1. Crónica de Dom Pedro I, de Dom Henrique II e de Dom João I, de Ayala;
2. Crónica de D. Fernando, de Martim Afonso de Melo;
3. Crónica do Condestabre;
4. outras histórias de Nun'Álvares, às quais alude no capítulo 70 da Crónica de D. João I:
«ora aqui dizem alguns, contando os feitos de Nun'Alvares em seu louvor...»;
«hum outro historiador, cujo falamento nos parece mais razoado, conta esta estória
doutra guisa»;
5. um «trautado» dos feitos do Mestre de Avis da autoria de «Christoforus, decretorum
douctor»;
6. pelo menos, cinco narrativas anónimas que cita, ao descrever a batalha de Aljubarrota.
b) Fontes documentais:
Actas de Cortes;
Documentos das chancelarias;
Bulas papais;
«Podres escripturas»;
«Bitafes antigos» (epitáfios de sepulturas);
Práticas e sermões, procurações, correspondência epistolar particular e oficial.
(adapt. Barreiros, Antº José, História da Lit. Portuguesa, Editora Pax)
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