segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Meendinho / GNR

A propósito da aula de hoje (10º), aqui fica uma versão dos GNR:

Jacinto Lucas Pires no Café Concerto

"O escritor Jacinto Lucas Pires é o convidado que se segue na tertúlia literária Café Desconcerto que o TMG apresenta sexta-feira. A conversa, que andará à volta da vida e obra deste autor português de 37 anos, vai ser guiada por Américo Rodrigues, Director do TMG.
Jacinto Lucas Pires é licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa. Foi cronista de “A Capital”. É autor do blogue Chanatas. Tem publicados mais de uma dezena de livros pela editora Cotovia. Em Novembro de 2008 foi o vencedor do Prémio Europa - David Mourão-Ferreira, atribuído pela Universidade de Bari e pelo Instituto Camões. O seu último livro, de 2011, chama-se “O verdadeiro ator”.
A conversa está marcada para as 21h30 e tem entrada livre. "
Fonte: TMG

Nota: Sabiam que a família de Lucas Pires é oriunda de Vila Fernando (Guarda)?
Nota 2: Sabiam que o protagonista do último livro de Jacinto Lucas Pires se chama Américo e é um actor?
Nota 3: Sabiam que já passaram pelo ciclo "Café Desconcerto", escriores como Gonçalo M. Tavares, João Tordo, Rui Cardoso Martins, valter hugo mãe, entre outros?




[Texto e foto "roubados" de http://cafe-mondego.blogspot.com/2011/10/jacinto-lucas-pires-na-guarda.html]

domingo, 16 de outubro de 2011

Num Bairro Moderno - Cesário Verde

CESÁRIO VERDE

CESÁRIO VERDE

"A mim, o que me rodeia é que me preocupa" 
                                               C. Verde, Carta a Silva Pinto, 1875
I - Obra
 Podemos falar de três fases na produção poética deste autor:
- a primeira situar-se-ia entre 1873 e 1874, englobando 15 poesias e caracteriza-se pelos floreados à maneira romântica     |"Setentrional" |;
- a segunda fase, iniciada com "Esplêndida " em 1874, prolongar-se-ia até 1878; sofre a influência de Gomes Leal, deleita-se na recriação de paraísos artificiais  |"Deslumbramentos"; "Débil" |;
 - a partir de 1878, o poeta começa a "olhar" as coisas de outra forma  e entra na fase propriamente realista, começa a observar a  realidade poética que existe à sua  volta e surgem as suas grandes produções:
"Num bairro moderno", "O Sentimento de um Ocidental",...

II - TEMÁTICA
a) A cidade: realidade objectiva e quotidiana 
   Cesário é o poeta da cidade: palpa-lhe as sensações, cheira-lhe os "perfumes", ausculta--lhe o ruído, vê as formas das coisas e das pessoas, saboreia-a e, acima de tudo, sente essa cidade duma maneira diferente. É, de facto, um citadino imiscuído na sua cidade.
b) A realidade da vida do campo
     Porém o poeta, muitas vezes, não consegue esquecer a sua infância e volta ao campo porque ele afinal é um camponês que anda pela cidade "olhando para as casas como se olha para as árvores" (Alberto Caeiro)
c) A dignidade dos humildes e a sua dura sorte 
     Há uma preocupação em descrever, até ao pormenor, alguns tipos sociais do seu tempo, uma preocupação com aqueles que sofrem (como ele) os efeitos duma cidade foco de infecções, desgraças,...

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Antero de Quental

Evolução ideológica


1. Abandono do catolicismo. Dúvida e incerteza.

     Educado no catolicismo, ao chegar a Coimbra, começa a ler os autores novos vindos
     da Europa e cai na dúvida e na incerteza. Começa a procurar um caminho que o leva
     à aspiração por um Absoluto, obsessão que o acompanhará toda a vida.

2.  Idealismo hegeliano.
    
      O hegelianismo foi o ponto de partida filosófico e nele se deu a evolução intelectual.
      (As coisas são manifestação da Ideia fora da qual não há existência inteligível. Cada
      manifestação da Ideia | tese | esbarra na sua contrária |antítese  | e transforma-se numa
      nova |síntese | que, por sua vez, se converte numa tese e assim sucessivamente.
      Daqui passa com facilidade ao panteísmo  pampsiquismo.)

3.  Socialismo utópico.

      Se o hegelianismo explicava o Universo, nada lhe explicava a finalidade do Homem
      na terra. Assim inicia uma procura de sentido prático para a vida e encontra proviso-   
      riamente uma resposta em Michelet e Proudhon: a sociedade evolui constantemente
      e estabiliza-se nos princípios da Justiça Universal.

4.   Apostolado social.

      Querendo contribuir para a evolução da sociedade, aderiu ao socialismo. Era porém 
      um socialismo que preconizava uma evolução pacífica, baseada na moralidade, na
      instrução das classes trabalhadoras.

5.   Pessimismo e budismo.

       O falhanço da acção social, a morte de pessoas amigas, a doença levaram-no ao
       pessimismo: o Universo é um sofrimento sem finalidade e tudo caminha inevitavel-
       mente para o nada (Schopenhauer). Resta a Consciência que se deve esforçar por
       atingir o nirvana  onde há o repouso completo.  

                                  (Ant º José Barreiros, História da Lit. Portuguesa, Ed. Pax, Braga)

(Nota: Há autores que dividem este percurso ideológico de outro modo. Por exemplo.
 Mª Leonor Buescu faz uma divisão em quatro fases: a dúvida, o cepticismo ateísta,
 panteísmo búdico, angústia/obsessão da morte.)