quinta-feira, 31 de março de 2011

Farsa de Inês Pereira - esquema



[Esquema retirado do livro de apoio ao manual "Aula Viva" - Literatura Portuguesa, de João Guerra e José Vieira, Porto Editora]

Farsa de Inês Pereira (1)

Caracterização de personagens

Inês
Pero Marques
Escudeiro
Mãe
Lianor Vaz
impaciente
vivaça
crítica

trocista
irónica
revoltada
preguiçosa
leviana
alegre
namoradeira
vaidosa
infiel
dissimulada
vingativa
soberba
resmungona
sabida
fingida
teimosa
insensata
desencantada
recalcada
romanesca
touca
véus
formosa
lavrador
capelo
gibão
gabão azul
perlas
peias
novelo
chocalhos
pente
ignorante
submisso
rude
persistente
deselegante
discreto
respeitador
honesto
leal
generoso
ingénuo
trabalhador
crédulo
obediente
sincero

petulante
afidalgado
falador
viola
artificioso
galante
elogioso
irónico
mentiroso
desleal
poltrão
preguiçoso
perverso
esperto
cauteloso
calculista
caloteiro
tangedor
ambicioso
gabarola
vaidoso
cantador
impertinente
soberbo
hipócrita
gracejador
simples
humilde
rude
proverbial
vulgar
conselheira
amiga
sincera
ajuizada
resmungona
conformista
honesta

camisa
rouca
catarro
tosse
unhas cortadas
coxa
descontrolada
cansada
amiga
confidente
conselheira
desinteressada
persistente
cómica
ajuizada
honesta
medrosa
casamenteira
sincera
Latão e Vidal
confusos
atabalhoados
convincentes
serviçais
críticos
interesseiros
casamenteiros
desonestos
atarantados
mentirosos
fingidos
argutos
artificiosos

segunda-feira, 28 de março de 2011

Gil Vicente

[farsa_ines_pereira.jpg]

[Para saberes mais sobre esta obra de Gil Vicente consulta este endereço electrónico - ou então este. Ficarás a conhecer o essencial; depois deves alargar um pouco mais os teus conhecimentos.]

domingo, 27 de março de 2011

Mário Cesariny de Vasconcelos

Poema

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco

*****

Faz-me o favor
Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.

É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és nao vem à flor
Das caras e dos dias.

Tu és melhor -- muito melhor!--
Do que tu. Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê.

domingo, 6 de março de 2011

Amor é ...

Amor é estar longe, estando perto,
É um raio de luz na escuridão
É o perdermo-nos sós num deserto
É um quente ardor no coração

É a paixão que enche de ilusão
É felicidade em felicidade
É todas as coisas num só momento
É um doce de amargo sabor

É o que aquece o nosso coração
É um ardente verão bem fresquinho
É um desejo nunca desejado
É a contemplação do outro ser

É o que mais tarde nos matará
É algo sem concreta definição

( Joana Ribeiro, nº 12)


Amor é estar longe, estando perto,
É um desejo nunca desejado
É o perdermo-nos sós num deserto
É um sabor nunca experimentado

É felicidade em felicidade
É um quente ardor no coração
É a contemplação do outro ser
É o que aquece o nosso coração

É a paixão que enche de ilusão
É um raio de luz na escuridão
É algo sem concreta definição

É um ardente verão bem fresquinho
É todas as coisas num só momento
É o que mais tarde nos matará.

(Raquel Sampaio, nº19)

[Depois de um exercício de escrita colectiva, estas foram as versões mais votadas. Dois sonetos um clássico e outro à maneira de Shakespear.]