quinta-feira, 28 de outubro de 2010

"Relatório"

Relatório do Projecto Individual de Leitura

Este relatório incide sobre a leitura da obra “A Vida Nova”, de Orhan Pamuk, que eu escolhi ler para o Projecto Individual de Leitura.

No caso concreto deste livro, já o tinha começado a ler no início de Setembro e estava à espera na prateleira da estante desde 2007, ano em que foi lá parar. Comecei com algum entusiasmo a sua leitura, não só porque a frase inicial (“Um dia li um livro e toda a minha vida mudou”) me abriu expectativas de ser um bom livro, mas também por razões afectivas uma vez que me foi oferecido por alguém especial e eu ainda não tinha tido tempo de o ler.

A leitura depressa se tornou intrigante e com algum interesse pois o autor abordava a experiência vivencial das pessoas em termos de meditação sobre os problemas comuns ao ser humano ("O que é a vida? O que é a morte? O que somos nós? Qual é a nossa identidade? O que é o Tempo e o Espaço? Qual é o significado disto tudo? O que é a Vida Nova? Existe tal coisa?") desde que ele se tornou um ser pensante. No entanto, à medida que a leitura avançava, perdia um pouco o ritmo já que os elementos da intriga se emaranhavam e era difícil manter a atenção de um dia para o outro a alguns pormenores. As interacções das personagens eram bastante intensas, mas um tudo ou nada confusas: só no fim percebi algumas afirmações feitas no desenrolar da narrativa. De qualquer maneira, cheguei ao fim em meados de Outubro e satisfeito por ter feito o investimento do tempo na sua leitura. É um livro que se lê facilmente em termos de vocabulário que é simples e sem muitos enfeites literários, mas a narrativa prende a atenção quase sempre com alguma intensidade.

Terminada a leitura preparei a apresentação do livro no dia xx, mas infelizmente a informática preparou-me uma partida e só foi possível fazer a apresentação no dia xx. Acho que correu bem pois na sala houve interesse generalizado e, mesmo sem ser possível pois uma apresentação tem de se fazer seguida sem interrupções, os alunos queriam realizar perguntas sobre aquilo que eu ia dizendo. Optei por uma apresentação em “powerpoint” que esquematizei conforme o combinado previamente para estas sessões e inseri além do texto algumas imagens relativas ao mapa da Turquia, à fotografia do autor, etc., e que atraíram as atenções dos ouvintes. Pus no “ppt” uma definição de amor que o autor conseguiu formular depois de ter transcrito uma série delas já batidas e bastante conhecidas: “O Amor é a necessidade de abraçar com muita força alguém e de querer estar sempre do seu lado. É o desejo de esquecer o mundo exterior quando se abraça esse alguém. É a necessidade de descobrir um refúgio seguro para a alma.”

Seguiu-se um período de “debate” sobre o livro e os seus temas e toda a gente deu a sua opinião. Interrogados se leriam o livro, motivados pela apresentação, a maioria disse que sim, se tivesse disponibilidade de tempo, porém alguns referiram que não era o tipo de leitura preferida pelo que não leriam, embora tivessem ficado sensibilizados e motivados para os temas. Fiquei contente com a reacção deles e senti que tinha atingido os meus objectivos, no entanto fiquei também com a sensação de que poderia ter feito melhor e é isso que vou tentar na apresentação do próximo livro.

O aspecto mais negativo acho que foi a dispersão, mas, sem querer desculpar-me, a culpa foi das perguntas que surgiram despropositadamente no meio da tarefa referida.


J M G M
25 Outubro 2010

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